Tem música acontecendo pela casa, nesta tarde. Mas enquanto as pessoas, dentro de casa, pensam; lá fora, o que sobra, dança. Não se se sabe o que fazer com nara leão rodando o som quase quadrado. Tarsila vive o tempo entre as folhas e os bichos de sua caça. Os bichos todos, ou repousam, ou deitam acordados diante da tarde, que pensa. A gente, aqui do lado de cá, passa o tempo pensando que é dona do tempo. Enquanto o tempo vai ... e o pensamento retém o círculo girando. Os olhos pesam em direção da cama. O peito rodopia pra dentro do poço escuro. Várias setas se espalham pelo dia. Nenhuma me atinge. Todas me atordoam.
30 de abril de 2006
esta tarde
Tem música acontecendo pela casa, nesta tarde. Mas enquanto as pessoas, dentro de casa, pensam; lá fora, o que sobra, dança. Não se se sabe o que fazer com nara leão rodando o som quase quadrado. Tarsila vive o tempo entre as folhas e os bichos de sua caça. Os bichos todos, ou repousam, ou deitam acordados diante da tarde, que pensa. A gente, aqui do lado de cá, passa o tempo pensando que é dona do tempo. Enquanto o tempo vai ... e o pensamento retém o círculo girando. Os olhos pesam em direção da cama. O peito rodopia pra dentro do poço escuro. Várias setas se espalham pelo dia. Nenhuma me atinge. Todas me atordoam.
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2 comentários:
setas pra que te quero! vamos fugir! correr desembestados por aí pra achar o que fazer com essa vida que nos impele pro cotidiano corriqueiro.
obs.: créditos para o desenho, por favor! hhahahah
o tempo não me pertence
mas nem por isso vou me entregar a ele
aprendamos a ver os tempos alheios e a utilizá-los conforme a ocasião
ou deixar o tempo de lado quando nos sobrar tempo.
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